Capítulo II - Uma mãozinha a mais
Após uma semana da chegada de Jacob, eu estava voltando a minha rotina escolar após as férias de inverno. Claire ficou chateada com a cena na casa do Nahuel, isso me deixou muito triste. Tentei me afastar de Nahuel, mas ele sempre com suas indiretas, me impedia de fazer isso. Mas no domingo, eu fui conversar com ela, e nós resolvemos, expliquei a ela que jamais daria a Nahuel alguma esperança que poderíamos ficar juntos e então ela acabou cedendo.
Eu tinha acabado de tomar meu café, estava pegando minha mochila, quando minha mãe me surpreendeu em meu quarto:
- Você vai como a escola? Seu carro não está no concerto? – perguntou ela enquanto andava pelo meu quarto até se sentar em minha cama – Se é que podemos chamar aquilo de carro.
- Eu vou no ônibus escolar mesmo. Até que a baratinha esteja pronta. – falei enquanto passava um pouco de gloss em meus lábios.
- Bom, só posso te desejar boa sorte. – disse ela enquanto se levantava e dava um beijo no alto de minha cabeça – Bom, vou indo vou levar o café de Rachel na cama, e servir o do senhor Black.
- E Jacob? – perguntei
- Ele já tomou o dele por conta própria, deve estar apressado pra ir á escola.
- Ele vai estudar na escola da reserva também?
- Não. Parece que o senhor Black o matriculou em uma escola particular que fica em Forks.
- Nossa! – exclamei – Bom, vou indo. Beijos mamãe – a abracei e depois dei um beijo em sua bochecha.
Fui seguindo pelo jardim, até o portão da frente, ao chegar o portão, fui surpreendida com um carro atrás de mim. Pude perceber que era um Kia Sportage modelo 2009 cinza. Pulei pra trás por reflexo, então a janela do carro foi descendo e a pessoa que estava o guiando era ele, Jacob. Ele sorria feito um bobo. E então desceu do carro e encostou-se no mesmo.
- E aí Renesmee, quer uma carona?
- Nossa Jacob! – olhei maravilhada com seu carro – que carrão é esse?
- Bom, é Sport... – disse ele, mas, eu o interrompi.
- Um legítimo Sportage modelo 2009, eu sei. – eu disse deixando Jacob falando sozinho e indo apreciar o carro - Nossa quando ganhou? – disse passando minha mão sobre o carro.
- Nossa onde aprendeu tanto sobre carros? Bom, foi um presente de boas vindas de meu pai. – disse ele dando os ombros.
- Com a minha tia Rosalie. Que presente, hein? – eu disse olhando pra ele feito uma pateta e ele riu.
- Então. Tá afim de uma carona? – perguntou ele, encostando-se novamente no carro para me encarar, e então o olhei e não agüentei desviei o olhar.
- Bom... – disse encarando minhas unhas – Você não vai estudar em Forks?
- Vou, por quê?
- Jacob, eu estudo na escola da reserva. Se você me der uma carona, vai chegar atrasado no primeiro dia de aula?
- Quem liga? É o primeiro dia de aula! – disse ele dando os ombros. E então não me segurei e ri.
- Ok, tudo bem seu maluco! – eu disse batendo a mão em seu peito, rindo. Então senti seus músculos. Meu Deus, como Jacob tinha adquirido tudo aquilo? Gente! Controla-se, Renesmee.
- Vamos? – ele disse
- Jake!! – uma voz gritava o nome de Jacob. Então olhamos assustados. Era ela, porque ela sempre tinha que estragar tudo?
- Oi Leah! – disse Jacob simpático com aquela kenga, enquanto ela se aproximava dele.
- Jakezinho, será que podia me dar uma carona? É que o Seth quer levar a namoradinha dele pra escola... Sabe a sós... – disse ela toda manhosa, passando os dedos pela camiseta apertada que Jacob usava.
- Mas você não estuda na escola da reserva? – perguntou ele.
- Estudava! – disse ela fazendo um sinal com as mãos, com se colocasse algo para trás. – Mas assim que tio Billy falou para mamãe que você ia estudar em Forks, eu pedi a ela que me matriculasse lá também. Sabe, pra ficarmos mais juntos, Jake. – disse ela sorrindo e tentando parecer sexy, acredito eu.
- Tá, tudo bem Lee-Lee. Mas antes... – ele olhou pra mim. Fez uma cara de “indesejável” e apontou com a cabeça pra Leah e eu não contive um risinho. – eu prometi levar Renesmee pra escola.
- Jacob, ela estuda na reserva. Não vai dar tempo de chegarmos á escola. – disse ela
- Bom, a gente chega. Mas não na hora. – disse ele brincalhão
- É serio Jacob! É o primeiro dia de aula.
- Jacob... – sussurrei – Eu vou de ônibus, não tem problema. Vai lá! Olha ele já tá chegando – disse apontando para o horizonte da rua, que pra constatar estava deserta.
- Onde? Eu não tô vendo nada. – disse Jacob olhando.
- Bom, ele tá chegando por aí. Uma hora ele aparece. – eu disse brincalhona.
- Ah Renesmee para de besteira. Vamos aí, a Lee-Lee, não vai ligar! Não é Leah? – perguntou ele pra Leah
- Não, por mim... – disse ela indiferente
- Não Jacob, tudo bem - olhei pra estrada o ônibus estava vindo – olha meu ônibus ai. Tchau – disse correndo e entrando no ônibus.
Entrei correndo no ônibus, quase tropecei no pé de um idiota qualquer. Enquanto eu entrava, ouvi Leah dizer Ai Jake, tomara que a gente caia na mesma sala! Leah não desiste mesmo. Quando cheguei à escola, Claire estava me esperando em frente da mesma:
- Você veio no ônibus escolar? – disse ela franzindo a testa
- A baratinha ainda tá no concerto. – eu disse bufando
- Corajosa. – ela disse, então dei os ombros e segui até a sala que seria minha primeira aula.
Após algumas semanas, era quase impossível falar com Jacob. Motivo? Leah Clearwater. A garota não desgrudava de Jacob. Todo dia, os via de longe conversando, e ela sempre grudada no pescoço dele. Não sei por que, toda vez que os via juntos, eu sentia algo estranho. Não sabia explicar o que. Acho que é porque Jacob sempre foi meu melhor amigo, e agora ele tinha uma namorada.
Uma amiga dos tempos de escola da minha mãe, Ângela Weber, veio nos visitar um dia desses, ela me ofereceu um emprego em sua loja de antiguidades que fica em Forks. O emprego é de meio período e o salário é razoável. A lojinha se localizava na mesma rua da escola de Jacob, e eu sempre o via saindo com sua turminha da escola.
Já era 18hrs, era hora de fechar a loja. Fechei as portas, e fui até o pequeno escritório de Ângela, ela estava sentada na mesa, olhando alguns papéis:
- Senhora Weber, já terminei, posso ir?
- Sim, Renesmee. Mas eu já lhe disse mil vezes, me chame apenas de Ângela.
- Sim, Ângela. – sorri e ela retribuiu. Fui andando até a porta quando Ângela me chamou.
- Renesmee!
- Sim? – disse olhando para trás.
- Pode entregar esse convite a sua mãe? – disse ela me oferecendo um lindo envelope, com pequenos detalhes dourados. – É o convite de meu casamento, com meu noivo, Ben.
- Claro, sem problemas. – disse pegando o convite.
Segui até o ponto de táxi, para pegar um. Cheguei à mansão e fui direto à cozinha. Não encontrei minha mãe, então a procurei por todos os cantos, mas, não encontrei. Então, quando estava voltando para a cozinha, que tem uma porta que dá acesso diretamente à frente da minha casa, vi Lauren, com um pilha de roupas na mão, decidi perguntar a ela, se tinha visto a minha mãe.
- Lauren, você viu minha mãe? – perguntei a ela.
- Ela foi ao mercado, para abastecer a casa.
- Ah, sim! Obrigada.
- Renesmee? - perguntou ela, quando eu estava me dirigindo à cozinha.
- Sim? – perguntei olhando pra ela.
- Poderia levar essas roupas pra o quarto de Jacob? – perguntou ela, com os olhos suplicando.
- Esta cansada, né? – perguntei sorrindo
- Você não imagina, o quanto. – disse ela
- Tá bom Lauren. Eu quebro esse galho pra você. – peguei a pilha de roupas, e fui subindo as escadas. Então, sem perceber, eu olhei um blazer preto, que estava em cima de toda pilha, então aproximei meu rosto dele, e puxei o ar. O aroma era tão, tão bom. Almiscarado e ao mesmo tempo Amadeirado. Inconfundível.
Quando me dei conta, eu estava já em frente á porta de Jacob, não sabia se entrava ou batia na porta. Então fui surpreendida com Billy, ele estava saindo do quarto de Jacob, seus olhos eram de pura fúria. Então ele me olhou, então percebi que ainda estava cheirando o blazer de Jacob.
Instantaneamente corei e o meu coração disparou. Não sabia o que fazer. Mas não foi preciso fazer nada. Billy saiu pisando duro no chão. Suspirei aliviada por ele não falar nada.
Então fui bater na porta, mas, mais uma vez fui surpreendida, Jacob abria a porta, e quando me viu sorriu.
- Renesmee! – ele disse simpático – Entra! – então, aceitei o convite dele, e entrei em seu quarto. Quando fui falar com Jacob, tomei um susto. Jacob estava sem camisa, apenas com um short esportivo. E todo, completamente molhado. Tampei os olhos e então ouvi uma risadinha. – Que foi Renesmee?
- Jacob! – eu disse o repreendendo - Você esta seminu. – então ele riu mais ainda. Então tirou minha mão do rosto.
- Para de besteira Renesmee. – ele disse – Se você quiser, eu coloco uma camisa. – Não! Eu disse mentalmente. Mas minha boca disse outra coisa:
- É acho melhor. – então depois de alguns segundos ele disse:
- Pode abrir – então ao comando de sua voz, eu abri meus olhos, e ele estava com uma camiseta branca, que não resolvia muito o problema, por que mostrava grande parte dos seus músculos, mas amenizava a cena. Então olhei para Jacob, que estava rindo ainda.
- Não teve graça Jacob! – eu disse com um bico enorme.
- Tá bom. Parei. – disse ele levantando a mão, como se estivesse se rendendo. – Então, o que a leva vir aqui no meu humilde quarto? – perguntou ele. Passei os olhos pelo seu quarto. Ele era realmente grande
- Humilde? Seu quarto é do tamanho da minha casa toda. – eu disse rindo – Mas, eu não vim aqui pra falar do seu quarto. E sim trazer umas roupas suas que Lauren, acredito eu, já tenha as passado. – entreguei a pilha de roupas a ele. Ele as pegou e jogou na cama. As fazendo desdobrarem toda. – Jacob! – eu gritei
- O que? – ele gritou assustado olhando pra mim
- As roupas! – eu disse correndo em direção á cama, e começando as dobrá-las rapidamente. Jacob começou a rir. - Qual a piada? Posso saber? Também quero rir.
- Deixa essas roupas ai Renesmee, não tem importância.
- Ah, por favor, Jacob Black! Seja mais organizado! – eu disse
- Tudo bem, se você quer arrumar – disse ele dando os ombros. Então quando peguei as roupas já dobradas e empilhadas e disse:
- Onde as coloco?
- Naquela gaveta – disse apontando a gaveta de uma cômoda no canto do quarto. Fui até lá, então Jacob pulou com tudo em sua cama. Quando me virei, ele estava me olhando.
- Que foi? – perguntei a ele. Ele sacudiu a cabeça, como se estivesse colocando as idéias nos lugar e disse:
- Nada não.
- Jacob...
- Sim?
- Por que seu pai saiu furioso daqui? – disse enquanto me sentava na cama para encará-lo
- Ah! – disse ele desanimado.
- Se, quiser, não precisa falar. – eu disse me levantando, então fui surpreendida por seus braços me segurando e me puxando de volta pra me sentar na cama.
- Não, pra você eu sei que posso falar. – ele disse sério
- Então me fala. – eu disse
- É sobre a escola...
- Esta com problemas de comportamento? – perguntei rapidamente
- Não. Eu me comporto na escola. Bem, acredito eu... – ele solto um risinho – É que eu tô me dando mal em algumas matérias, e me meu pai veio me cobrar isso hoje. Ele cobra demais de mim Renesmee. Por que eu sou o único homem, e porque ele diz que eu sou o único herdeiro dele, o único que vai substituí-lo no trono da corporação. Ele acha que ainda vivemos no século XVIII. – ele disse olhando para chão.
- Ah, sinto muito Jacob. Bom, com relação ao seu pai. Eu não sei o que falar. Mas dê tempo ao tempo. Uma hora ele vai acordar, e perceber que não é isso o que você quer...
- Duvido muito... – disse ele desanimado
- Mas! – eu disse alto e animadamente – Com relação à escola, bom eu posso te ajudar a estudar. Quais as matérias que você tá se dando mal?
- É a matéria. É história da arte. Se eu não passar nessa matéria, eu repito o ano.
- História da arte? – perguntei pasma
- É! Nossa até você se assustou com essa matéria – disse ele brincalhão
- Não, Jacob. Eu sou muito boa nessa matéria. Não é querendo me gabar, mas eu sou excelente nessa matéria. – disse rindo
- Sério? – perguntou ele.
- Sim.
- Então você vai me ajudar? – perguntou ele
- E você vai querer minha ajuda? – perguntei
- Claro! – disse ele – Fechado – disse ele estendendo a mão
- Fechado – peguei sua mão e apertei-a, e então ele me puxou para um abraço apertado.
Eu estava saindo da loja da senhora Weber, quer dizer Ângela. Quando fui surpreendida por Claire:
- Bu! – gritou ela
- Claire! – gritei dando um pulo pra trás
- HAHAHA – gargalhou ela – para de ser besta Renesmee. – disse ela
- E então está saindo mais cedo? Por quê? – perguntou ela enquanto eu pegava meu celular na bolsa.
- Pedi pra Ângela me deixar sair mais cedo, por que hoje não tem muito movimento. E por que hoje eu vou dar umas aulinhas para Jacob.
- Hum... – disse ela com um olhar malicioso - aulinhas? Né Sra. Cullen?
- Sobre história da arte tá Sra. Young! – quase gritei com Claire
- Esta bem, esta bem! – disse ela levantando os braços, com um gesto de rendição. – Mais tarde eu passo lá pra gente estudar pra Química, O.K.? – perguntou Claire
- O.K. Pede pra sua mãe deixar você dormir lá. Amanhã a gente vai pra escola juntas.
- Tá bom. Beijos – disse ela, dando um beijo em cada bochecha minha
- Tchau – eu disse. Assim que Claire sumiu no horizonte, olhei meu celular que estava na minha mão e disquei o número de Jacob, chamou apenas uma vez e ele atendeu.
- Alô? – perguntou ele
- Jacob, é a Renesmee! Onde você está? – perguntei. Jacob tinha combinado em me buscar na frente da loja.
- Estou na esquina, só estava esperando sua amiga ir embora, pra te buscar. Já tô indo! – disse ele
- O.K – então desliguei o telefone.
Em menos de cinco minutos o Kia Sportage de Jacob, surgiu na minha frente e então parou. Ele desceu o vidro, sorriu e disse:
- Vamos?
- Vamos. – concordei e entrei no carro.
Chegamos à mansão, olhei para Jacob e disse:
- Onde vamos estudar? – eu disse
- Bom... – ele coçou a cabeça – Pode ser no meu quarto? – arregalei os olhos e então respirei fundo
- Ah... Ah... – eu não sabia o que falar.
- Ah, vamos Renesmee. Não tem nada de mais. Meu quarto é o último do corredor, e é tranqüilo.
- Tá, tudo bem. - Seguimos até o quarto de Jacob. – Onde estão seus livros? – ele foi até uma bolsa jogada no canto do quarto e tirou dois livros grossos da mesma.
Peguei o livro, dei uma foleada rápida. Jacob sentou na cadeira da escrivaninha do lado de sua cama e eu na cama. Ainda com o livro na mão eu coloquei na escrivaninha na página de um texto sobre a Arte rupestre
– Bom, eu quero que você leia esse texto sobre artes rupestre, que foi a primeira demonstração de arte que se tem notícia na história humana. Após ter lido esse texto, vou lher fazer umas perguntas, sobre interpretação de texto e vou ver como isso fluí. O.K. ? – perguntei
- Sim capitã! – disse ele debochado. Então ele começou a ler o livro. Após alguns minutos, Jacob olhou pra mim e disse - Pronto!
- Então tá. Mas antes... – peguei minha bolsa, e peguei uma pequena caixinha azul, e então quando Jacob viu o que era seus olhos brilharam.
- Não acredito! – ele puxou a caixinha pra ele – Bis! – ele gritou – Nossa Renesmee, a quanto tempo eu não como Bis! Lá no colégio é terminantemente proibido comer doces, e então quando vim pra cá, tinha me esquecido de como era bom comer doces, cholates e etc... – ele abriu a caixinha e comeu um. Depois, quando ia pegar outro eu peguei a de volta.
- Nananinanão! – eu disse rindo
- O que? – disse Jacob sem entender.
- Você não vai comer mais nenhum.
- Por que não?
- Você vai ter que merecer comer um.
- Ainda não estou entendendo nada Renesmee. – disse ele
- Bom, deixa eu te explicar. Eu comprei essa caixa de Bis pra te incentivar, a cada resposta certa você ganha um Bis! E a cada errada você perde dois Bis. E só pra te deixar mais mordidinho. Eu vou comer na sua frente os dois Bis que você perder! – eu disse com um ar brincalhão e ao mesmo tempo perverso.
- Ah! Isso é tortura Renesmee!
- Você não quer passar nessa matéria? – eu disse
- Lógico. – disse ele
- Então?
- Tá! Pode começar – disse ele emburrado.
- Bom. Primeira pergunta: Esse tipo de arte é caracterizado por ser feito com que tipo de material?
- Ah! Essa eu lembro... Deixa-me pensar... – disse ele coçando a cabeça – Era terra vermelha e amarela...
- E?
- Carvão e sangue de animais! – disse ele animado e então entreguei um Bis a ele.
Ao longo do meu questionário Jacob se saiu bem, até eu fazer uma pergunta.
- Qual os três períodos da idade da pedra?
- Ah, sei lá... Paleolítico, Neolítico e...
- Falta só mais um! – eu disse o incentivando.
- Mesopotâmico? – respondeu ele confuso
- Não Jacob! É Mesolítico! Quase...
- Ah! – bufou ele desanimado
- Infelizmente, eu vou ter que comer dois Bis! – eu disse. Peguei dois Bis e comecei a comer. Notei que a barriga de Jacob roncou – Há quanto tempo você não come?
- É... Desde manhã – disse ele então eu ri.
Quando fui comer o segundo Bis comi bem lentamente fazendo charminho, até tentando parecer sexy. Mais eu não consegui eu soltei uma gargalhada.
– Você é péssima tentando parecer sexy Renesmee –disse Jacob brincando – Me dá meu Bis! –gritou ele pulando em cima de mim parecendo uma criança, me fazendo deitar na cama.
Escondi os Bis em baixo do meu corpo e Jacob tentava o pegar. Nós não parávamos de gargalhar. De repente, meu olhar encontrou o dele, e nós dois ficamos sérios, então senti um frio na barriga. O rosto de Jacob se aproximou então meu coração acelerou.
E não sabia o que estava acontecendo comigo naquele momento, então rapidamente fui tirada de meus devaneios com o som da porta se abrindo. Rapidamente Jacob saiu de cima de mim, então olhei para porta, era o senhor Black.
- O que está acontecendo aqui Jacob? – ele olhou furioso para Jacob
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Capítulo I - Reencontro
A infância não vai do nascimento até certa idade, e a certa altura.
A criança esta crescida, deixando de lado as coisas de criança.
A infância é o reino onde ninguém morre.
Edna St. Vicent Millay
Destinada. É assim que considero minha vida, desde pequena, eu sabia meu destino estava trassado, mas, para que tudo isso pudesse acontecer, eu teria que passar por poucas e boas.
Eu estava em minha cama pensando em tudo que havia acontecido em minha vida esses últimos anos. Eu estava com 17 anos, e estava cursando o ultimo ano do ensino médio. Eu ainda morava na casa do fundo dos Black, família onde meu pai e minha mãe trabalhavam. Agora só minha mãe trabalhava.
Pois com a ida dos filhos do senhor Black a Europa, o senhor Black mal ficava na mansão, estava sempre viajando ou em reuniões da corporação Black, Billy mal ficava em casa, e então começou a dispensar alguns serviços, em um deles foi o de meu pai, a notícia não pegou ninguém de surpresa, todos já esperávamos isso.
E então com algumas economias que meu pai tinha guardado, ele montou uma microempresa de limusines, era bem que pequena, e constituía apenas de três limusines, mas já era uma renda a mais para nós.
E com esse dinheiro a mais, meu pai pagaria minha tão sonhada faculdade de artes plásticas, que eu sonhei minha vida toda.
Minha professora de artes da escola sempre me dizia que eu tinha o dom de colocar meus sentimentos em uma tela, e isso era extremamente virtuoso, isso me alegrava demais.
A professora Masen, sempre me elogiava, ela era uma desenhista ótima, mas a vida a fez desistir de seus sonhos, pois ela engravidou, e teve que deixar tudo pelo seu filho, pois seu namorado na época tinha largado, e seus pais tinham expulsado ela de casa, e ela ficou sosinha com seu filho.
Eu tinha muita dó da professora, ela dizia para eu seguir o meu caminho, e não deixar nenhum homem estragar isso. Acredito que ela disse isso, por experiência. Quem ria desses conselhos era Claire, minha melhor amiga, e piriguete oficial, eu contava minhas conversas com a professora Masen para Claire, e a idiota sempre ria. Falava que ela era uma encalhada, que queria que eu fosse também, eu ficava com certa raiva por Claire falar isso, mas fazer o que ela era minha melhor amiga.
Claire era uma menina alegre, mas era muito, vamos dizer, soltinha com todos os garotos, mas Claire era assim por causa do Nahuel, nosso amigo. Ele não ligava pra ninguém, acredito eu e isso deixava a pobre Claire, muito triste, cheguei a pensar que Nahuel era gay, Claire quase surtou quando falei isso.
Mas ela vivia insistindo que Nahuel não era gay, e sim que ele gostava de mim. Mas eu jamais veria Nahuel de outro jeito, a não ser como meu amigo.
Após colocar minhas idéias no lugar, levantei-me de minha cama e fui até o espelho, passei os dedos sobre meu cabelo longo e encaracolado, que estava amassado, por eu estar deitada, arrumei meu cabelo e fui até a pequena cozinha da minha casa.
Meu pai estava em tomando café em nossa pequena com apenas quatro lugares, e minha mãe estava encostada na pia ao telefone. Fui até meu pai, dei um beijo em sua bochecha e sorri:
- Bom dia, papai. - disse sorrindo, e sentei-me à mesa.
- Bom dia, querida. - ele levou a xícara a sua boca, e tomou algo que estava na xícara, que acreditei ser café. - Onde vai assim, toda arrumada?
- Vou pegar meus horários na escola com Claire. E depois vou até a casa de Nahuel com ela, sabe... Ela quer ver o Nahuel. Entende... - fiz uma careta e meu pai ficou meio confuso, e depois assentiu.
- Ah, sim. Entendi. - e então rimos. Minha mãe apertou um botão do telefone, e depois o colocou de volta na base. E se sentou em uma cadeira.
- Ah! - ela suspirou
- O que houve Bella? - perguntou meu pai
- Lauren estava me dizendo que o senhor Black vai chegar hoje, e quer que eu prepare um grande almoço. Pois ele vai convidar uns amigos, pra comemorar.
- Comemorar o que? - perguntei
- A chegada de Rachel e Jacob - Disse ela num suspiro. E então ela pegou sua xícara, colocou um pouco de café - Preciso de um assistente de cozinha, por que eu não vou dar conta de tudo sosinha. Billy despediu minha assistente daquela vez em que as crianças foram pra Europa, porque eu dava conta, mas agora que Rachel e Jacob vão voltar, eu não vou conseguir, concertesa vai haver muitos almoços, jantares e etc..
- Depois converse com o senhor Black, Bella. - disse papai, estendendo a mão para minha mãe, e então ela a pegou e olhou para meu pai e deu um sorriso de lado. Eu ainda estava absorvendo a idéia de Jacob estar voltando. Meu velho amigo de infância, Jacob Black estava voltando.
- Jacob... Está voltando? - perguntei com a voz falha.
- Claro Renesmee! Não esta acreditando? - perguntou minha mãe. Não respondi, mas acabei deixando escapar um sorriso bobo em meu rosto, que logo me denunciou.
- Bom Bella. Você não esta muito contente com a volta dos Black. Mas tem alguém que esta explodindo felicidades aqui... - meu pai falou e então passou seus dedos por meu queixo, e me tirou de meus devaneios. - Não é Nesmee, querida? - Olhei para o rosto de meu pai que estava se segurando para não cair na gargalhada.
- Pai! - eu disse pra ele, então ele não se conteve e começou a rir.
Levantei-me e fui até meu quarto pegar a minha bolsa. Quando passei pela cozinha, meu pai ainda estava rindo, ele estava praticamente se engasgando com suas próprias risadas, enquanto minha mãe estava lhe dando um copo de água. Ela olhou pra mim e disse:
- Não liga pro seu pai, Renesmee, ele é um idiota. - ela deu um tapinha nas costas de meu pai, e então ele parou de rir. Levantou-se da cadeira, deu um beijou no alto de minha cabeça, pegou seu paletó, e deu um selinho em minha mãe.
- Desculpe Renesmee. - disse ele piscando.
- Tudo bem, pai.
- Quer uma carona? - perguntou ele, já na porta.
- Não, tudo bem, eu vou com a minha baratinha. - Baratinha, é o apelido carinhoso que eu dei pro meu Volkswagen 1967, que ganhei do meu pai quando tirei minha carteira.
- Boa sorte. - disse meu pai e então ele saiu.
- Não vai tomar café, Renesmee? - mamãe perguntou.
- Perdi o apetite.
- Renesmee, será que você podia chegar uma hora antes do almoço, pra me ajudar na cozinha? - pediu ela
- Mãe... - disse suplicando a ela.
- Por favor, Renesmee! É só por hoje, eu vou falar com o senhor Black, pra contratar uma assistente de cozinha pra mim.
- Ok mamãe. - eu disse desanimada.
- Ah! Obrigada meu anjo! - disse ela me abraçando, e beijou o alto de minha cabeça.
- Tchau mamãe, Claire deve estar me esperando. - peguei meu casaco e fui andando até a garagem da mansão.
A garagem era enorme, tinha cada carro mais lindo que o outro, aprendi a apreciar carros com a minha tia Rosalie, irmã de meu pai. Eles viviam na casa do vovô Carlisle, em Forks, aqui perto de La Push. Meu pai não falava com Carlisle desde que descobriu que minha mãe estava grávida de mim, pois Carlisle tinha vários planos para meu pai, só que então ele conheceu minha mãe, e pouco tempo depois ela engravidou e os planos de Carlisle, morreram com isso.
Carlisle havia pedido pra eles tirarem o bebê, mas meu pai se recusou a fazer essa monstruosidade. Então meu pai saiu da casa de Carlisle. Carlisle, sem meu pai saber, arrumou um emprego para meu pai aqui na mansão, pois ele era amigo de Billy Black, então viemos parar aqui. Então para ajudar meu pai, minha mãe se tornou assistente da ex-cozinheira da mansão senhora Norman, e pouco tempo depois ela tomou seu lugar e se tornou a cozinheira da mansão.
Um vento gélido passou pelo enorme galpão que era a garagem, e lá atrás no fundo, minha baratinha rosa se escondia, fui andando até ele, passei a mão pelo capô:
- Vê se não me deixa na mão, viu baratinha? - disse a ele.
O meu carrinho era tão velho, que eu andava uma semana com ele, e ficava um mês sem ele. Era triste, eu sabia, mas eu o amava demais. Meu sonho era comprar meu tão sonhado Volkswagen New Beetle, mas por enquanto, era apenas um sonho tolo. Entrei na baratinha, e segui até a casa de Claire, que não era muito longe, ficava na reserva.
Cheguei à casa de Claire, e ela estava em frente a sua casa, com os braços cruzados, e cara amarrada, quando eu estacionei, juro, eu pensei que ela iria me comer com os olhos. E então ela entrou cambaleando no carro, com um salto enorme e me encarou por três longos segundos:
- Pra que essa produção toda Claire? - Olhei para sua roupa. E ela retribui com um olhar mortal.
- Não fala nada tá Renesmee?! - disse ela - Era pra você estar aqui 10hrs00min e agora são... - ela olhou para seu relógio de pulso - São 10hrs10min Renesmee! - Claire era muito pontual quando o assunto era Nahuel. Com certeza ela estava com pressa de ir á escola, por que queria chegar logo na casa de Nahuel.
- Calma Claire, vai dar tempo de ver o Nahuel.
- Não é por causa do Nahuel, Renesmee. É pela sua falta de compromisso. - disse ela
- Sei, sei. - eu disse a ela ironicamente.
Fomos à escola e pegamos nossos horários, e depois e fomos correndo pra casa de Nahuel, chegando tocamos a campanhinha e rapidamente a porta se abriu, como se ele já nos esperasse naquele lugar.
- Nesmee, que bom que você veio... Eh, olá Claire – ele disse.
- Olá... – ela disse com a voz falha.
- Entrem, por favor – ele disse dando passagem e nós entramos e nos sentamos – Nesmee eu queria ter uma conversa com você, bastante séria – ele disse segurando a minha mão e me encarando, na mesma hora vi Claire olhando as mãos entrelaçadas, então soltei a mão dele.
Nahuel era um cara legal, bonito, e sempre que eu precisava, eu contava com ele. Mas ele era muito idiota. Ele não percebia que Claire gostava dele, era tão evidente, que isso me irritava. E então para ajudar Claire, decidi ir embora da casa de Nahuel mais cedo.
- Infelizmente eu não posso ficar – eu disse levantando-me.
- Você tem que ir mesmo Renesmee? - perguntou Nahuel quando eu já estava na porta de sua casa
- Tenho Nahuel, eu tenho que ajudar minha mãe em um almoço lá mansão. Mas Claire pode te fazer companhia. Não é Claire? - perguntei para Claire que estava lá atrás.
- Cla-claro - disse ela gaguejando - Se Nahuel não se importar, é claro.
- Se importa Nahuel? - perguntei a ele. Ele franziu a testa confuso.
- Não, por que me importaria? - disse ele dando os ombros.
E então disse Tchau para Nahuel, e abracei Claire e disse em seu ouvido.
- Aproveita, essa é uma chance única. Agarra seu gatinho. - pisquei e fui correndo até meu "carro", pois estava chovendo.
No meio da estrada, o carro começou a dar uns trancos, e de repente, parou. Desci do carro e peguei meu celular, estava sem sinal. Fiquei me perguntando como iria chegar à mansão a tempo. Então eu não tinha escolha, eu tinha de ir a pé. Iria demorar um pouco, mas era o único jeito.
Peguei minha bolsa e tranquei a baratinha em fui andando. No meio do caminho, um carro passou sobre uma poça da água e por fim me molhou toda e o idiota, ou melhor, a idiota, deu pra perceber que era uma garota e pra piorar, ela riu. Logo após, passou outro carro, mas o motorista, percebendo que eu estava na estrada, passou longe da poça da água.
Cheguei à mansão, meia hora depois do combinado, minha mãe vai ficar uma fera comigo. Quando cheguei, entrei pela porta dos fundos, que dá direto pra cozinha. Quando cheguei, a cozinha estava a mil, Lauren (a nova empregada que o senhor Black contratou) estava ajudando minha mãe, quando minha mãe percebeu minha presença, veio até mim, ela estava com uma colher de pau não mão, juro que eu pensei que ela ia me bater.
- Renesmee Carlie Cullen! – ela disse – eu não te disse pra chegar aqui uma hora antes? Daqui a pouco, é à hora de servir o prato principal, e eu não terminei. Mas ainda bem que vou chegou, vá servir os aperitivos. – ela começou a tagarelar – e por que a senhorita tá toda molhada?
- Bom mãe. Se a senhora deixar eu explico. A baratinha...
- AH! Tinha que ser esse maldito carro. Nem sei por que seu pai te deu aquele maldito carro. Ele mais quebra, do que anda. – disse minha mãe bufando – Anda Renesmee, pega essa bandeja e leva lá pra sala de jantar. – disse ela me entregando uma bandeja.
- Mãe! Eu tô toda molhada!
- Toma isso aqui. – ela me entregou o seu avental – prende seu cabelo que ninguém percebe. – Peguei o avental e o vesti, fiz um coque no meu cabelo. Peguei uma colher e olhei meu reflexo, eu precisava estar apresentável. Eu iria encontrá-lo, ou melhor, reencontrá-lo.
Respirei fundo, e segui até a sala de jantar, ela estava vazia, olhei para trás tentando voltar, mas Lauren estava com outra bandeja atrás de mim. E sussurrou um Vai! Então prossegui com a bandeja até a sala de estar, onde o pessoal estava.
Coloquei a bandeja na mesinha de centro, e olhei em volta da sala. Senhor Black estava sentado no sofá com Sue Clearwater, a viúva de Harry Clearwater. No outro sofá estava acredito eu, o senhor Uley e do seu lado sua esposa. Em pé encostado na parede esquerda da sala, estava senhor Ateara estava com sua filha, acredito eu, irmã de dona Sarah conversando. E então, encostado na parede do lado esquerdo estava Seth Clearwater, junto de sua irmã, Leah, dei uma fitada rápida no rosto de Leah, era ela! A motorista idiota que tinha jogado água em mim no carro. Ah! Aquela vadia!
Do lado de Leah estava um linda moça, sua pele era igual a de Billy, seu cabelo era curto, repicado, ela tinha um sorriso incrível, seu dentes eram brancos e afiados, acredito eu. Essa só podia ser Rachel Black, a irmã de Jacob. Onde estaria ele? Só estavam Leah, Seth e Rachel ali. Olhei em volta da sala, e não vi ninguém. Bom, acho melhor eu voltar pra cozinha. Virei-me e de repente trombei com alguma coisa.
- Ah, me perdoe, eu não te vi, foi culpa minha... – comecei a tagarelar, parecia até minha mãe.
- Não, tudo bem. – ouvi uma voz rouca falar ao meu ouvido, então parei de falar e procurei o rosto dono dessa voz. Tomei um susto quando enfim encontrei o dono dela.
Era ele. Mas não parecia. Ele estava tão mudado, estava tão mais... Lindo. Ah meu Deus, ele estava tão, tão... Meu coração disparou depois eu não sabia o que fazer, nem mesmo respirar eu conseguia. Ele estava musculoso agora, suas feições eram mais adultas, mas seu sorriso continuava o mesmo. Desviei meus olhos de seu rosto, assim que percebia a cara de idiota que estava fazendo.
– Esta tudo bem com você? – Respirei fundo, e me foquei.
- Tá-tá tudo bem sim. – olhei para ele – Oi, Jacob – disse com um sorriso bobo no rosto.
- Oi, quem é você? – perguntou ele franzindo a testa
- Você não se lembra... Quem eu sou? – perguntei pausadamente
- Não. A gente se conhece? – respirei fundo. Ele não se lembrava de mim? Como não? Nós éramos como irmãos. Então a do nada, Leah apareceu do lado de Jacob, e seu apoiou em seus ombros.
- Nossa Jacob, a empregadinha já tá toda animadinha com você. Que foi? Você disse que o suco tá bom, e ela já tá achando que pode arrumar seu quarto é? – ela começou a rir, parecia uma hiena. Olhei para Jacob, ele pareceu sem graça, mas se manteve quieto.
Então, respirei fundo, e busquei forças de onde não havia para sair dali. Cheguei à cozinha, já não agüentava mais, as lágrimas começaram a sair.
- Renesmee, meu bem. O que aconteceu? - perguntou minha mãe.
- N-nada mamãe. Acho que caiu um cisco no meu olho.
- Ah! Não vem com essa história, de cisco em olho não Renesmee. Conte-me! – disse ela me abraçando
- Ah, não é nada mamãe.
- Bella! – era Lauren – Billy quer apresentar os empregados aos meninos. Sabe como tem muita gente nova.
- O.K. Já vou indo - disse a Lauren, e então ela saiu da cozinha - Vamos? – ela perguntou a mim.
- Mas, mamãe. Eu não sou uma empregada, eu sou filha da empregada.
- Mas você esta me ajudando hoje, então ponto final. Vamos bebê! – ela me puxou pelo braço.
Todos já estavam posicionados na mesa de jantar, e havia uma fileira de empregados atrás da cadeira onde o senhor Black, estava sentando. Minha mãe me puxou até a ponta da fileira, onde estava Lauren. Então o senhor Black se levantou, e começou a falar:
- Bom, Rachel, Jacob. Eu trouxe esse pessoal aqui, por que, bom. Eles serão as pessoas que os servirão daqui por diante nessa casa. Aqui está Gregory Stewart, nosso novo motorista, que substituiu o Edward Cullen, você se lembram dele? – disse ele apontando pro Greg.
- Eu me lembro. – disse Rachel – Olá Gregory!
- Olá senhorita Black.
- Oi Greg – disse Jacob num tom bem amigável. Greg apenas assentiu.
- Bom. Essas daqui são Lola e Lauren McGonagoll que cuidaram da limpeza, e de outros afazeres domésticos da casa.
- Olá Lola, Lauren – disse Rachel com um sorriso simpático para as duas.
- Oi Rachel – disseram Lauren e Lola ao mesmo tempo.
- E essas daqui são: Isabella Cullen e sua filha... – Billy disse apontando pra mim .
- Renesmee, senhor Black. Renesmee Cullen – disse pra ele.
- Bom, essas são Isabella e Renesmeei – disse ele
- É Re-nes-mee senhor Black. – o corrigi, e me minha mãe me deu um cutucão no ombro.
- Tanto faz. Bom, elas irão cuidar da cozinha. – disse ele dando os ombros.
- Olá Renesmee, Isabella – Disse Rachel
- Oi Rachel – dissemos eu e minha mãe ao mesmo tempo
- Renesmee... – disse Jacob pensativo e então o encarei confusa.
- O que Jacob? – perguntou a kenga da Leah
- Nada, nada. Er, oi Isabella, Renesmee. – disse ele
- Olá Jacob – disse minha mãe. Eu me mantive quieta.
- Podem servir o almoço Isabella. – disse Billy se sentando á mesa.
- Sim senhor Black - disse minha e então seguindo até a cozinha.
Foi então que quando eu estava prestes a entrar na cozinha que ouvi uma voz gritar meu nome, olhei pra atrás foi quando o vi.
- Renesmee! – gritou ele
- Senhor Black? O senhor quer? – perguntei indiferente
- Deixa disso Renesmee, nos somos amigos. Me perdoa! Por não ter lembrado de você é que...
- É que agora as coisas mudaram certo? Agora as coisas estão mais claras. Agora somos o que sempre fomos. Patrão – apontei pra ele – e empregada – apontei pra mim – Não precisa se desculpar Jacob.
- Para com isso Renesmee! Nunca houve isso entre a gente. Você sempre foi minha amiga, e isso nunca importou pra gente, e não vai ser agora que vai importar.
- Renesmee! Vamos meu benzinho! Temos muito trabalho aqui! – berrou minha mãe da cozinha
- Já vou mamãe! – gritei pra ela – Bom, eu tenho que ir. – fui entrando na cozinha, mas sua mão segurando meu braço me impediu disso – me solta Jacob!
- Não. – olhei pra ele confusa – Só te solto se você me perdoar.
- Não tenho o que te perdoar Jacob.
- Renesmee, eu só não te reconheci, por que você tá tão diferente. Tá mais... Mais linda! – pude sentir minhas bochechas corarem quando ele disse isso – Nem parece aquela magrela que me fazia brincar de casinha! – disse ele divertido e então não resisti e soltei um risinho. – Vai Renesmee! Me perdoa! Se não...
- Se não?
- Eu te encho de cócegas ouviu? – disse ele fazendo cócegas na minha barriga
- Para Jacob! – eu disse rindo – Tá! Tudo bem! Eu te perdôo!
- Eh! – disse ele me surpreendendo com um abraço de urso.
- Jacob! – disse o repreendendo
- RENESMEE CARLIE CULLEN SE VOCÊ NÃO ESTIVER AQUI EM TRINTA SEGUNDOS VOCÊ VAI CONHECER A IRA DE BELLA CULLEN! – gritou minha mãe.
- Bom, é melhor eu ir, ou eu irei conhecer a ira de Bella Cullen. – disse a ele, e ele riu.
- É melhor você ir mesmo. Eu também não gostaria muito de conhecer isso. – ele disse – Bom, a gente se vê. – disse ele me dando um beijo na bochecha.
- Tchau. – e então entrei na cozinha com um sorriso idiota.
- Olha, Bella alguém viu um passarinho verde! – disse Lauren pra minha mãe
- Vixi! Acho que Renesmee esta com problema de bipolaridade. Ela esta chorando agora pouco. – disse minha mãe
- Vocês duas, da pra calarem a boca? – eu disse. E elas começaram a rir.
Bom, o almoço foi um sucesso todos elogiaram a comida da minha mãe. O senhor Black prometeu a ela que amanhã mesmo estaria arrumando uma assistente pra ela. E bom, enquanto á mim eu estava extremamente feliz. Por quê?
Meu velho amigo estava de volta
A infância não vai do nascimento até certa idade, e a certa altura.
A criança esta crescida, deixando de lado as coisas de criança.
A infância é o reino onde ninguém morre.
Edna St. Vicent Millay
Destinada. É assim que considero minha vida, desde pequena, eu sabia meu destino estava trassado, mas, para que tudo isso pudesse acontecer, eu teria que passar por poucas e boas.
Eu estava em minha cama pensando em tudo que havia acontecido em minha vida esses últimos anos. Eu estava com 17 anos, e estava cursando o ultimo ano do ensino médio. Eu ainda morava na casa do fundo dos Black, família onde meu pai e minha mãe trabalhavam. Agora só minha mãe trabalhava.
Pois com a ida dos filhos do senhor Black a Europa, o senhor Black mal ficava na mansão, estava sempre viajando ou em reuniões da corporação Black, Billy mal ficava em casa, e então começou a dispensar alguns serviços, em um deles foi o de meu pai, a notícia não pegou ninguém de surpresa, todos já esperávamos isso.
E então com algumas economias que meu pai tinha guardado, ele montou uma microempresa de limusines, era bem que pequena, e constituía apenas de três limusines, mas já era uma renda a mais para nós.
E com esse dinheiro a mais, meu pai pagaria minha tão sonhada faculdade de artes plásticas, que eu sonhei minha vida toda.
Minha professora de artes da escola sempre me dizia que eu tinha o dom de colocar meus sentimentos em uma tela, e isso era extremamente virtuoso, isso me alegrava demais.
A professora Masen, sempre me elogiava, ela era uma desenhista ótima, mas a vida a fez desistir de seus sonhos, pois ela engravidou, e teve que deixar tudo pelo seu filho, pois seu namorado na época tinha largado, e seus pais tinham expulsado ela de casa, e ela ficou sosinha com seu filho.
Eu tinha muita dó da professora, ela dizia para eu seguir o meu caminho, e não deixar nenhum homem estragar isso. Acredito que ela disse isso, por experiência. Quem ria desses conselhos era Claire, minha melhor amiga, e piriguete oficial, eu contava minhas conversas com a professora Masen para Claire, e a idiota sempre ria. Falava que ela era uma encalhada, que queria que eu fosse também, eu ficava com certa raiva por Claire falar isso, mas fazer o que ela era minha melhor amiga.
Claire era uma menina alegre, mas era muito, vamos dizer, soltinha com todos os garotos, mas Claire era assim por causa do Nahuel, nosso amigo. Ele não ligava pra ninguém, acredito eu e isso deixava a pobre Claire, muito triste, cheguei a pensar que Nahuel era gay, Claire quase surtou quando falei isso.
Mas ela vivia insistindo que Nahuel não era gay, e sim que ele gostava de mim. Mas eu jamais veria Nahuel de outro jeito, a não ser como meu amigo.
Após colocar minhas idéias no lugar, levantei-me de minha cama e fui até o espelho, passei os dedos sobre meu cabelo longo e encaracolado, que estava amassado, por eu estar deitada, arrumei meu cabelo e fui até a pequena cozinha da minha casa.
Meu pai estava em tomando café em nossa pequena com apenas quatro lugares, e minha mãe estava encostada na pia ao telefone. Fui até meu pai, dei um beijo em sua bochecha e sorri:
- Bom dia, papai. - disse sorrindo, e sentei-me à mesa.
- Bom dia, querida. - ele levou a xícara a sua boca, e tomou algo que estava na xícara, que acreditei ser café. - Onde vai assim, toda arrumada?
- Vou pegar meus horários na escola com Claire. E depois vou até a casa de Nahuel com ela, sabe... Ela quer ver o Nahuel. Entende... - fiz uma careta e meu pai ficou meio confuso, e depois assentiu.
- Ah, sim. Entendi. - e então rimos. Minha mãe apertou um botão do telefone, e depois o colocou de volta na base. E se sentou em uma cadeira.
- Ah! - ela suspirou
- O que houve Bella? - perguntou meu pai
- Lauren estava me dizendo que o senhor Black vai chegar hoje, e quer que eu prepare um grande almoço. Pois ele vai convidar uns amigos, pra comemorar.
- Comemorar o que? - perguntei
- A chegada de Rachel e Jacob - Disse ela num suspiro. E então ela pegou sua xícara, colocou um pouco de café - Preciso de um assistente de cozinha, por que eu não vou dar conta de tudo sosinha. Billy despediu minha assistente daquela vez em que as crianças foram pra Europa, porque eu dava conta, mas agora que Rachel e Jacob vão voltar, eu não vou conseguir, concertesa vai haver muitos almoços, jantares e etc..
- Depois converse com o senhor Black, Bella. - disse papai, estendendo a mão para minha mãe, e então ela a pegou e olhou para meu pai e deu um sorriso de lado. Eu ainda estava absorvendo a idéia de Jacob estar voltando. Meu velho amigo de infância, Jacob Black estava voltando.
- Jacob... Está voltando? - perguntei com a voz falha.
- Claro Renesmee! Não esta acreditando? - perguntou minha mãe. Não respondi, mas acabei deixando escapar um sorriso bobo em meu rosto, que logo me denunciou.
- Bom Bella. Você não esta muito contente com a volta dos Black. Mas tem alguém que esta explodindo felicidades aqui... - meu pai falou e então passou seus dedos por meu queixo, e me tirou de meus devaneios. - Não é Nesmee, querida? - Olhei para o rosto de meu pai que estava se segurando para não cair na gargalhada.
- Pai! - eu disse pra ele, então ele não se conteve e começou a rir.
Levantei-me e fui até meu quarto pegar a minha bolsa. Quando passei pela cozinha, meu pai ainda estava rindo, ele estava praticamente se engasgando com suas próprias risadas, enquanto minha mãe estava lhe dando um copo de água. Ela olhou pra mim e disse:
- Não liga pro seu pai, Renesmee, ele é um idiota. - ela deu um tapinha nas costas de meu pai, e então ele parou de rir. Levantou-se da cadeira, deu um beijou no alto de minha cabeça, pegou seu paletó, e deu um selinho em minha mãe.
- Desculpe Renesmee. - disse ele piscando.
- Tudo bem, pai.
- Quer uma carona? - perguntou ele, já na porta.
- Não, tudo bem, eu vou com a minha baratinha. - Baratinha, é o apelido carinhoso que eu dei pro meu Volkswagen 1967, que ganhei do meu pai quando tirei minha carteira.
- Boa sorte. - disse meu pai e então ele saiu.
- Não vai tomar café, Renesmee? - mamãe perguntou.
- Perdi o apetite.
- Renesmee, será que você podia chegar uma hora antes do almoço, pra me ajudar na cozinha? - pediu ela
- Mãe... - disse suplicando a ela.
- Por favor, Renesmee! É só por hoje, eu vou falar com o senhor Black, pra contratar uma assistente de cozinha pra mim.
- Ok mamãe. - eu disse desanimada.
- Ah! Obrigada meu anjo! - disse ela me abraçando, e beijou o alto de minha cabeça.
- Tchau mamãe, Claire deve estar me esperando. - peguei meu casaco e fui andando até a garagem da mansão.
A garagem era enorme, tinha cada carro mais lindo que o outro, aprendi a apreciar carros com a minha tia Rosalie, irmã de meu pai. Eles viviam na casa do vovô Carlisle, em Forks, aqui perto de La Push. Meu pai não falava com Carlisle desde que descobriu que minha mãe estava grávida de mim, pois Carlisle tinha vários planos para meu pai, só que então ele conheceu minha mãe, e pouco tempo depois ela engravidou e os planos de Carlisle, morreram com isso.
Carlisle havia pedido pra eles tirarem o bebê, mas meu pai se recusou a fazer essa monstruosidade. Então meu pai saiu da casa de Carlisle. Carlisle, sem meu pai saber, arrumou um emprego para meu pai aqui na mansão, pois ele era amigo de Billy Black, então viemos parar aqui. Então para ajudar meu pai, minha mãe se tornou assistente da ex-cozinheira da mansão senhora Norman, e pouco tempo depois ela tomou seu lugar e se tornou a cozinheira da mansão.
Um vento gélido passou pelo enorme galpão que era a garagem, e lá atrás no fundo, minha baratinha rosa se escondia, fui andando até ele, passei a mão pelo capô:
- Vê se não me deixa na mão, viu baratinha? - disse a ele.
O meu carrinho era tão velho, que eu andava uma semana com ele, e ficava um mês sem ele. Era triste, eu sabia, mas eu o amava demais. Meu sonho era comprar meu tão sonhado Volkswagen New Beetle, mas por enquanto, era apenas um sonho tolo. Entrei na baratinha, e segui até a casa de Claire, que não era muito longe, ficava na reserva.
Cheguei à casa de Claire, e ela estava em frente a sua casa, com os braços cruzados, e cara amarrada, quando eu estacionei, juro, eu pensei que ela iria me comer com os olhos. E então ela entrou cambaleando no carro, com um salto enorme e me encarou por três longos segundos:
- Pra que essa produção toda Claire? - Olhei para sua roupa. E ela retribui com um olhar mortal.
- Não fala nada tá Renesmee?! - disse ela - Era pra você estar aqui 10hrs00min e agora são... - ela olhou para seu relógio de pulso - São 10hrs10min Renesmee! - Claire era muito pontual quando o assunto era Nahuel. Com certeza ela estava com pressa de ir á escola, por que queria chegar logo na casa de Nahuel.
- Calma Claire, vai dar tempo de ver o Nahuel.
- Não é por causa do Nahuel, Renesmee. É pela sua falta de compromisso. - disse ela
- Sei, sei. - eu disse a ela ironicamente.
Fomos à escola e pegamos nossos horários, e depois e fomos correndo pra casa de Nahuel, chegando tocamos a campanhinha e rapidamente a porta se abriu, como se ele já nos esperasse naquele lugar.
- Nesmee, que bom que você veio... Eh, olá Claire – ele disse.
- Olá... – ela disse com a voz falha.
- Entrem, por favor – ele disse dando passagem e nós entramos e nos sentamos – Nesmee eu queria ter uma conversa com você, bastante séria – ele disse segurando a minha mão e me encarando, na mesma hora vi Claire olhando as mãos entrelaçadas, então soltei a mão dele.
Nahuel era um cara legal, bonito, e sempre que eu precisava, eu contava com ele. Mas ele era muito idiota. Ele não percebia que Claire gostava dele, era tão evidente, que isso me irritava. E então para ajudar Claire, decidi ir embora da casa de Nahuel mais cedo.
- Infelizmente eu não posso ficar – eu disse levantando-me.
- Você tem que ir mesmo Renesmee? - perguntou Nahuel quando eu já estava na porta de sua casa
- Tenho Nahuel, eu tenho que ajudar minha mãe em um almoço lá mansão. Mas Claire pode te fazer companhia. Não é Claire? - perguntei para Claire que estava lá atrás.
- Cla-claro - disse ela gaguejando - Se Nahuel não se importar, é claro.
- Se importa Nahuel? - perguntei a ele. Ele franziu a testa confuso.
- Não, por que me importaria? - disse ele dando os ombros.
E então disse Tchau para Nahuel, e abracei Claire e disse em seu ouvido.
- Aproveita, essa é uma chance única. Agarra seu gatinho. - pisquei e fui correndo até meu "carro", pois estava chovendo.
No meio da estrada, o carro começou a dar uns trancos, e de repente, parou. Desci do carro e peguei meu celular, estava sem sinal. Fiquei me perguntando como iria chegar à mansão a tempo. Então eu não tinha escolha, eu tinha de ir a pé. Iria demorar um pouco, mas era o único jeito.
Peguei minha bolsa e tranquei a baratinha em fui andando. No meio do caminho, um carro passou sobre uma poça da água e por fim me molhou toda e o idiota, ou melhor, a idiota, deu pra perceber que era uma garota e pra piorar, ela riu. Logo após, passou outro carro, mas o motorista, percebendo que eu estava na estrada, passou longe da poça da água.
Cheguei à mansão, meia hora depois do combinado, minha mãe vai ficar uma fera comigo. Quando cheguei, entrei pela porta dos fundos, que dá direto pra cozinha. Quando cheguei, a cozinha estava a mil, Lauren (a nova empregada que o senhor Black contratou) estava ajudando minha mãe, quando minha mãe percebeu minha presença, veio até mim, ela estava com uma colher de pau não mão, juro que eu pensei que ela ia me bater.
- Renesmee Carlie Cullen! – ela disse – eu não te disse pra chegar aqui uma hora antes? Daqui a pouco, é à hora de servir o prato principal, e eu não terminei. Mas ainda bem que vou chegou, vá servir os aperitivos. – ela começou a tagarelar – e por que a senhorita tá toda molhada?
- Bom mãe. Se a senhora deixar eu explico. A baratinha...
- AH! Tinha que ser esse maldito carro. Nem sei por que seu pai te deu aquele maldito carro. Ele mais quebra, do que anda. – disse minha mãe bufando – Anda Renesmee, pega essa bandeja e leva lá pra sala de jantar. – disse ela me entregando uma bandeja.
- Mãe! Eu tô toda molhada!
- Toma isso aqui. – ela me entregou o seu avental – prende seu cabelo que ninguém percebe. – Peguei o avental e o vesti, fiz um coque no meu cabelo. Peguei uma colher e olhei meu reflexo, eu precisava estar apresentável. Eu iria encontrá-lo, ou melhor, reencontrá-lo.
Respirei fundo, e segui até a sala de jantar, ela estava vazia, olhei para trás tentando voltar, mas Lauren estava com outra bandeja atrás de mim. E sussurrou um Vai! Então prossegui com a bandeja até a sala de estar, onde o pessoal estava.
Coloquei a bandeja na mesinha de centro, e olhei em volta da sala. Senhor Black estava sentado no sofá com Sue Clearwater, a viúva de Harry Clearwater. No outro sofá estava acredito eu, o senhor Uley e do seu lado sua esposa. Em pé encostado na parede esquerda da sala, estava senhor Ateara estava com sua filha, acredito eu, irmã de dona Sarah conversando. E então, encostado na parede do lado esquerdo estava Seth Clearwater, junto de sua irmã, Leah, dei uma fitada rápida no rosto de Leah, era ela! A motorista idiota que tinha jogado água em mim no carro. Ah! Aquela vadia!
Do lado de Leah estava um linda moça, sua pele era igual a de Billy, seu cabelo era curto, repicado, ela tinha um sorriso incrível, seu dentes eram brancos e afiados, acredito eu. Essa só podia ser Rachel Black, a irmã de Jacob. Onde estaria ele? Só estavam Leah, Seth e Rachel ali. Olhei em volta da sala, e não vi ninguém. Bom, acho melhor eu voltar pra cozinha. Virei-me e de repente trombei com alguma coisa.
- Ah, me perdoe, eu não te vi, foi culpa minha... – comecei a tagarelar, parecia até minha mãe.
- Não, tudo bem. – ouvi uma voz rouca falar ao meu ouvido, então parei de falar e procurei o rosto dono dessa voz. Tomei um susto quando enfim encontrei o dono dela.
Era ele. Mas não parecia. Ele estava tão mudado, estava tão mais... Lindo. Ah meu Deus, ele estava tão, tão... Meu coração disparou depois eu não sabia o que fazer, nem mesmo respirar eu conseguia. Ele estava musculoso agora, suas feições eram mais adultas, mas seu sorriso continuava o mesmo. Desviei meus olhos de seu rosto, assim que percebia a cara de idiota que estava fazendo.
– Esta tudo bem com você? – Respirei fundo, e me foquei.
- Tá-tá tudo bem sim. – olhei para ele – Oi, Jacob – disse com um sorriso bobo no rosto.
- Oi, quem é você? – perguntou ele franzindo a testa
- Você não se lembra... Quem eu sou? – perguntei pausadamente
- Não. A gente se conhece? – respirei fundo. Ele não se lembrava de mim? Como não? Nós éramos como irmãos. Então a do nada, Leah apareceu do lado de Jacob, e seu apoiou em seus ombros.
- Nossa Jacob, a empregadinha já tá toda animadinha com você. Que foi? Você disse que o suco tá bom, e ela já tá achando que pode arrumar seu quarto é? – ela começou a rir, parecia uma hiena. Olhei para Jacob, ele pareceu sem graça, mas se manteve quieto.
Então, respirei fundo, e busquei forças de onde não havia para sair dali. Cheguei à cozinha, já não agüentava mais, as lágrimas começaram a sair.
- Renesmee, meu bem. O que aconteceu? - perguntou minha mãe.
- N-nada mamãe. Acho que caiu um cisco no meu olho.
- Ah! Não vem com essa história, de cisco em olho não Renesmee. Conte-me! – disse ela me abraçando
- Ah, não é nada mamãe.
- Bella! – era Lauren – Billy quer apresentar os empregados aos meninos. Sabe como tem muita gente nova.
- O.K. Já vou indo - disse a Lauren, e então ela saiu da cozinha - Vamos? – ela perguntou a mim.
- Mas, mamãe. Eu não sou uma empregada, eu sou filha da empregada.
- Mas você esta me ajudando hoje, então ponto final. Vamos bebê! – ela me puxou pelo braço.
Todos já estavam posicionados na mesa de jantar, e havia uma fileira de empregados atrás da cadeira onde o senhor Black, estava sentando. Minha mãe me puxou até a ponta da fileira, onde estava Lauren. Então o senhor Black se levantou, e começou a falar:
- Bom, Rachel, Jacob. Eu trouxe esse pessoal aqui, por que, bom. Eles serão as pessoas que os servirão daqui por diante nessa casa. Aqui está Gregory Stewart, nosso novo motorista, que substituiu o Edward Cullen, você se lembram dele? – disse ele apontando pro Greg.
- Eu me lembro. – disse Rachel – Olá Gregory!
- Olá senhorita Black.
- Oi Greg – disse Jacob num tom bem amigável. Greg apenas assentiu.
- Bom. Essas daqui são Lola e Lauren McGonagoll que cuidaram da limpeza, e de outros afazeres domésticos da casa.
- Olá Lola, Lauren – disse Rachel com um sorriso simpático para as duas.
- Oi Rachel – disseram Lauren e Lola ao mesmo tempo.
- E essas daqui são: Isabella Cullen e sua filha... – Billy disse apontando pra mim .
- Renesmee, senhor Black. Renesmee Cullen – disse pra ele.
- Bom, essas são Isabella e Renesmeei – disse ele
- É Re-nes-mee senhor Black. – o corrigi, e me minha mãe me deu um cutucão no ombro.
- Tanto faz. Bom, elas irão cuidar da cozinha. – disse ele dando os ombros.
- Olá Renesmee, Isabella – Disse Rachel
- Oi Rachel – dissemos eu e minha mãe ao mesmo tempo
- Renesmee... – disse Jacob pensativo e então o encarei confusa.
- O que Jacob? – perguntou a kenga da Leah
- Nada, nada. Er, oi Isabella, Renesmee. – disse ele
- Olá Jacob – disse minha mãe. Eu me mantive quieta.
- Podem servir o almoço Isabella. – disse Billy se sentando á mesa.
- Sim senhor Black - disse minha e então seguindo até a cozinha.
Foi então que quando eu estava prestes a entrar na cozinha que ouvi uma voz gritar meu nome, olhei pra atrás foi quando o vi.
- Renesmee! – gritou ele
- Senhor Black? O senhor quer? – perguntei indiferente
- Deixa disso Renesmee, nos somos amigos. Me perdoa! Por não ter lembrado de você é que...
- É que agora as coisas mudaram certo? Agora as coisas estão mais claras. Agora somos o que sempre fomos. Patrão – apontei pra ele – e empregada – apontei pra mim – Não precisa se desculpar Jacob.
- Para com isso Renesmee! Nunca houve isso entre a gente. Você sempre foi minha amiga, e isso nunca importou pra gente, e não vai ser agora que vai importar.
- Renesmee! Vamos meu benzinho! Temos muito trabalho aqui! – berrou minha mãe da cozinha
- Já vou mamãe! – gritei pra ela – Bom, eu tenho que ir. – fui entrando na cozinha, mas sua mão segurando meu braço me impediu disso – me solta Jacob!
- Não. – olhei pra ele confusa – Só te solto se você me perdoar.
- Não tenho o que te perdoar Jacob.
- Renesmee, eu só não te reconheci, por que você tá tão diferente. Tá mais... Mais linda! – pude sentir minhas bochechas corarem quando ele disse isso – Nem parece aquela magrela que me fazia brincar de casinha! – disse ele divertido e então não resisti e soltei um risinho. – Vai Renesmee! Me perdoa! Se não...
- Se não?
- Eu te encho de cócegas ouviu? – disse ele fazendo cócegas na minha barriga
- Para Jacob! – eu disse rindo – Tá! Tudo bem! Eu te perdôo!
- Eh! – disse ele me surpreendendo com um abraço de urso.
- Jacob! – disse o repreendendo
- RENESMEE CARLIE CULLEN SE VOCÊ NÃO ESTIVER AQUI EM TRINTA SEGUNDOS VOCÊ VAI CONHECER A IRA DE BELLA CULLEN! – gritou minha mãe.
- Bom, é melhor eu ir, ou eu irei conhecer a ira de Bella Cullen. – disse a ele, e ele riu.
- É melhor você ir mesmo. Eu também não gostaria muito de conhecer isso. – ele disse – Bom, a gente se vê. – disse ele me dando um beijo na bochecha.
- Tchau. – e então entrei na cozinha com um sorriso idiota.
- Olha, Bella alguém viu um passarinho verde! – disse Lauren pra minha mãe
- Vixi! Acho que Renesmee esta com problema de bipolaridade. Ela esta chorando agora pouco. – disse minha mãe
- Vocês duas, da pra calarem a boca? – eu disse. E elas começaram a rir.
Bom, o almoço foi um sucesso todos elogiaram a comida da minha mãe. O senhor Black prometeu a ela que amanhã mesmo estaria arrumando uma assistente pra ela. E bom, enquanto á mim eu estava extremamente feliz. Por quê?
Meu velho amigo estava de volta
Prefácio
Nunca pude reclamar de minha vida, apesar das dificuldades, ela sempre foi repleta de sorrisos.
Eu vivi praticamente minha vida toda morando com meus pais na mansão onde minha mãe trabalhava de cozinheira e meu pai como motorista. Vivi minha infância toda com o filho do dono, Jacob, ele tinha minha idade, brincávamos pelo imenso jardim de sua mansão, e às vezes quando sua mãe, Dona Sarah Black chegava mais cedo do trabalho, ela ia brincar conosco, eu adorava brincar com ela, ela me emprestava às lindas bonecas de porcelana de suas filhas adolescentes, Rachel e Rebecca e aquilo era a minha felicidade.
Às vezes eu sentia uma ponta de inveja de Jacob, ele tinha tudo o que queria, e ainda sua mãe era como um anjo, linda e super atenciosa, não que minha mãe não fosse tudo isso, mas a senhora Black era incrível, e eu nunca esqueceria a infância mais encantadora do mundo que eu tive, até acontecer uma tragédia.
Quando eu tinha seis ou sete anos, não me lembro muito bem, o Senhor e a Senhora Black haviam ido a uma festa da corporação Black, e eles haviam deixado Jacob com sua tia Sue Clearwater, eu iria dormir lá naquela noite para fazer companhia a Jake, já que Rebecca e Rachel iriam dormir na casa de suas amigas.
Já era tarde e eu e Jake assistíamos a um filme na TV da sala, quando alguém tocou a campainha e Sue foi atender, eu e Jacob estávamos distraídos, então ouvirmos o choro alto de Sue na porta e então me virei e vi Sue sendo acudida por um policial, pude deduzir que era meu vovô Charlie Swan (pai de minha mãe), Sue estava chorando tão sentida e eu me perguntava o que tinha acontecido, Sue sempre me pareceu uma mulher forte, determinada, e nunca a vi abatida, ficava me perguntando o que de tão mal meu avô Charlie poderia ter dito a Sue para ela fica nesse estado ?!
Foi então que ela saiu dos braços de Charlie e olhou para Jacob, seus olhos estavam inchados e tristes, então do nada, ela saiu andando pela enorme sala dos Black e pegou Jacob nos braços e abraçou ele forte, chorando mais forte e intensamente.
Ela pegou Jacob pelo braço e foi o levando até a viatura de meu vovô, eu estava totalmente perdida naquela situação, eu era muito pequena e não fazia idéia do que havia acontecido, foi então que meu avô se aproximou de mim e me pegou em um abraço, beijou o alto de minha cabeça:
- Acho melhor você ir para a casa mocinha, já esta tarde. Quer que eu te acompanhe? - disse ele sorrindo
- Não vovô, eu vou dormir aqui na casa de Jacob - eu disse.
- Acho que não é o melhor momento Nesmee, vem cá, eu te levo! - ele me pegou em um movimento rápido no colo, e me levou até a casa dos fundos onde eu e meus pais moravam.
No outro dia, eu estava na cozinha com a minha mãe, e ela estava muito estranha, parecia que tinha chorado:
- Mamãe? O que houve? - perguntei subindo no balcão, onde minha mãe cortava algumas batatas. Então ela deu uma leve sacudida na cabeça, acredito que ela estava distraída, me olhou com seus olhos tristes e me pegou em um abraço forte e ficamos naquela posição vários segundos, até que ela me olhou nos olhos e respirou fundo:
- Nesmee, querida. Sabe a dona Sarah? - ela perguntou nervosa
- Sei mamãe. O que tem a dona Sarah? - perguntei inocente, então minha mãe respirou fundo e disse:
- Ontem, papai do céu, decidiu que a dona Sarah tinha que se juntar a ele... - ela mal conseguia falar.
- Mas, por que mamãe? Dona Sarah é tão jovem. - eu disse entortando a cabeça.
- Eu sei Nesmee, mas foi assim que ele quis.
- E Jacob mamãe? Ele já sabe que a mãe dele foi morar com papai do céu?
- Acho que sim, Nesmee acho melhor... - eu não deixei minha mãe terminar, desci do balcão, cambaleando e fui correndo encontrar Jake, o vi sentado no sofá, havia muitas pessoas na sala, chorando, ele estava sentado ao lado de seu pai, com o olhar longe, deprimido, e seu pai se mantinha sério, ereto, então fui correndo até Jacob, fiquei na sua frente, peguei em sua mão, então ele levantou sua cabeça e me olhou triste, infeliz, era impossível descrever o que se passava em seu olhar, então rapidamente o abracei e sussurrei:
- Eu to aqui Jake... - eu disse - fica feliz, ela foi morar com o papai do céu!
- Renesmee, ela... n-não, foi pro céu, ela morreu, morreu!! - Jacob começou a chorar, ele soluçava muito e dava muita pena.
- Isabella! - gritou Senhor Black, e então rapidamente minha mãe apareceu - leve sua filha, ela esta causando um incomodo a mim, e a meu filho.
- Jake... ? - perguntei pra ele, para saber se era verdade, se eu estava o incomodando.
Então ele manteve a cabeça baixa, e entendi que era um sim. Abaixei minha cabeça e segui com minha mãe até a cozinha.
Após a morte de Sarah, Jacob não falava mais comigo, seu pai o afastava de mim, isso me doía muito, Jacob era meu melhor amigo, e sem ele era como se eu fosse apenas metade. Foi então, que meu mundo desmoronou, eu estava com minha mãe e meu pai ajudando a preparar o jantar dos Black, quando minha mãe começou a falar com meu pai:
- Edward? - minha mãe chamou meu pai.
- Sim? - ele perguntou
- Você acredita que o senhor Black vai mandar os meninos pra estudar em colégios nos estrangeiro? - meu coração praticamente parou, então parei para prestar atenção.
- Como assim Bella? - meu pai arqueou a sobrancelha.
- Ela vai mandar Rachel e Rebecca pra França, e Jacob pra Inglaterra, em colégios internos. Eu estou indignada, no momento em que eles mais precisam do pai, ele faz isso.
- Não vamos nos meter na vida dos patrões Bella, apesar de Billy estar fazendo isso, ele ama os filhos.
- Ele pode amar, mas não da o valor que eles merecem. - minha mãe disse.
No dia em que Jacob e suas irmãs foram embora, foi uns dos piores dias da minha existência, lembro-me que meu pai iria levá-lo ao aeroporto, eu estava lá fora me despedindo de Rachel, a qual eu era muito amiga, já Rebecca, ela mal sabia meu nome.
Foi então que fui surpreendida por um abraço, o abraço dele, do meu melhor amigo, meu irmão de criação, Jacob Ephraim Black. Ficamos abraçados por muito tempo, então Billy puxou Jacob pelo braço:
- Vamos Jacob, vamos nos atrasar! - Billy falou com sua voz alta e grossa, Jacob olhou pra mim segurando ainda minha mão, me passou um objeto e sussurrou, apenas para que eu pudesse ouvir:
- Amigos para sempre, lembra?... Eu volto... - ele sorriu, e então seu pai o puxou mais forte e ele soltou minha mão, e entrou na limusine. Então abri minha mão, e vi um lindo colar, era o colar que eu mais amava, e que pertencia a mãe de Jacob, ela dizia que um dia iria me dar.
Era o melhor presente que podia receber, era um lindo colar, com um pingente de lobo, eu achava lindo e agora era meu, agora eu tinha certeza, Jacob jamais se esqueceria de mim.
Nunca pude reclamar de minha vida, apesar das dificuldades, ela sempre foi repleta de sorrisos.
Eu vivi praticamente minha vida toda morando com meus pais na mansão onde minha mãe trabalhava de cozinheira e meu pai como motorista. Vivi minha infância toda com o filho do dono, Jacob, ele tinha minha idade, brincávamos pelo imenso jardim de sua mansão, e às vezes quando sua mãe, Dona Sarah Black chegava mais cedo do trabalho, ela ia brincar conosco, eu adorava brincar com ela, ela me emprestava às lindas bonecas de porcelana de suas filhas adolescentes, Rachel e Rebecca e aquilo era a minha felicidade.
Às vezes eu sentia uma ponta de inveja de Jacob, ele tinha tudo o que queria, e ainda sua mãe era como um anjo, linda e super atenciosa, não que minha mãe não fosse tudo isso, mas a senhora Black era incrível, e eu nunca esqueceria a infância mais encantadora do mundo que eu tive, até acontecer uma tragédia.
Quando eu tinha seis ou sete anos, não me lembro muito bem, o Senhor e a Senhora Black haviam ido a uma festa da corporação Black, e eles haviam deixado Jacob com sua tia Sue Clearwater, eu iria dormir lá naquela noite para fazer companhia a Jake, já que Rebecca e Rachel iriam dormir na casa de suas amigas.
Já era tarde e eu e Jake assistíamos a um filme na TV da sala, quando alguém tocou a campainha e Sue foi atender, eu e Jacob estávamos distraídos, então ouvirmos o choro alto de Sue na porta e então me virei e vi Sue sendo acudida por um policial, pude deduzir que era meu vovô Charlie Swan (pai de minha mãe), Sue estava chorando tão sentida e eu me perguntava o que tinha acontecido, Sue sempre me pareceu uma mulher forte, determinada, e nunca a vi abatida, ficava me perguntando o que de tão mal meu avô Charlie poderia ter dito a Sue para ela fica nesse estado ?!
Foi então que ela saiu dos braços de Charlie e olhou para Jacob, seus olhos estavam inchados e tristes, então do nada, ela saiu andando pela enorme sala dos Black e pegou Jacob nos braços e abraçou ele forte, chorando mais forte e intensamente.
Ela pegou Jacob pelo braço e foi o levando até a viatura de meu vovô, eu estava totalmente perdida naquela situação, eu era muito pequena e não fazia idéia do que havia acontecido, foi então que meu avô se aproximou de mim e me pegou em um abraço, beijou o alto de minha cabeça:
- Acho melhor você ir para a casa mocinha, já esta tarde. Quer que eu te acompanhe? - disse ele sorrindo
- Não vovô, eu vou dormir aqui na casa de Jacob - eu disse.
- Acho que não é o melhor momento Nesmee, vem cá, eu te levo! - ele me pegou em um movimento rápido no colo, e me levou até a casa dos fundos onde eu e meus pais moravam.
No outro dia, eu estava na cozinha com a minha mãe, e ela estava muito estranha, parecia que tinha chorado:
- Mamãe? O que houve? - perguntei subindo no balcão, onde minha mãe cortava algumas batatas. Então ela deu uma leve sacudida na cabeça, acredito que ela estava distraída, me olhou com seus olhos tristes e me pegou em um abraço forte e ficamos naquela posição vários segundos, até que ela me olhou nos olhos e respirou fundo:
- Nesmee, querida. Sabe a dona Sarah? - ela perguntou nervosa
- Sei mamãe. O que tem a dona Sarah? - perguntei inocente, então minha mãe respirou fundo e disse:
- Ontem, papai do céu, decidiu que a dona Sarah tinha que se juntar a ele... - ela mal conseguia falar.
- Mas, por que mamãe? Dona Sarah é tão jovem. - eu disse entortando a cabeça.
- Eu sei Nesmee, mas foi assim que ele quis.
- E Jacob mamãe? Ele já sabe que a mãe dele foi morar com papai do céu?
- Acho que sim, Nesmee acho melhor... - eu não deixei minha mãe terminar, desci do balcão, cambaleando e fui correndo encontrar Jake, o vi sentado no sofá, havia muitas pessoas na sala, chorando, ele estava sentado ao lado de seu pai, com o olhar longe, deprimido, e seu pai se mantinha sério, ereto, então fui correndo até Jacob, fiquei na sua frente, peguei em sua mão, então ele levantou sua cabeça e me olhou triste, infeliz, era impossível descrever o que se passava em seu olhar, então rapidamente o abracei e sussurrei:
- Eu to aqui Jake... - eu disse - fica feliz, ela foi morar com o papai do céu!
- Renesmee, ela... n-não, foi pro céu, ela morreu, morreu!! - Jacob começou a chorar, ele soluçava muito e dava muita pena.
- Isabella! - gritou Senhor Black, e então rapidamente minha mãe apareceu - leve sua filha, ela esta causando um incomodo a mim, e a meu filho.
- Jake... ? - perguntei pra ele, para saber se era verdade, se eu estava o incomodando.
Então ele manteve a cabeça baixa, e entendi que era um sim. Abaixei minha cabeça e segui com minha mãe até a cozinha.
Após a morte de Sarah, Jacob não falava mais comigo, seu pai o afastava de mim, isso me doía muito, Jacob era meu melhor amigo, e sem ele era como se eu fosse apenas metade. Foi então, que meu mundo desmoronou, eu estava com minha mãe e meu pai ajudando a preparar o jantar dos Black, quando minha mãe começou a falar com meu pai:
- Edward? - minha mãe chamou meu pai.
- Sim? - ele perguntou
- Você acredita que o senhor Black vai mandar os meninos pra estudar em colégios nos estrangeiro? - meu coração praticamente parou, então parei para prestar atenção.
- Como assim Bella? - meu pai arqueou a sobrancelha.
- Ela vai mandar Rachel e Rebecca pra França, e Jacob pra Inglaterra, em colégios internos. Eu estou indignada, no momento em que eles mais precisam do pai, ele faz isso.
- Não vamos nos meter na vida dos patrões Bella, apesar de Billy estar fazendo isso, ele ama os filhos.
- Ele pode amar, mas não da o valor que eles merecem. - minha mãe disse.
No dia em que Jacob e suas irmãs foram embora, foi uns dos piores dias da minha existência, lembro-me que meu pai iria levá-lo ao aeroporto, eu estava lá fora me despedindo de Rachel, a qual eu era muito amiga, já Rebecca, ela mal sabia meu nome.
Foi então que fui surpreendida por um abraço, o abraço dele, do meu melhor amigo, meu irmão de criação, Jacob Ephraim Black. Ficamos abraçados por muito tempo, então Billy puxou Jacob pelo braço:
- Vamos Jacob, vamos nos atrasar! - Billy falou com sua voz alta e grossa, Jacob olhou pra mim segurando ainda minha mão, me passou um objeto e sussurrou, apenas para que eu pudesse ouvir:
- Amigos para sempre, lembra?... Eu volto... - ele sorriu, e então seu pai o puxou mais forte e ele soltou minha mão, e entrou na limusine. Então abri minha mão, e vi um lindo colar, era o colar que eu mais amava, e que pertencia a mãe de Jacob, ela dizia que um dia iria me dar.
Era o melhor presente que podia receber, era um lindo colar, com um pingente de lobo, eu achava lindo e agora era meu, agora eu tinha certeza, Jacob jamais se esqueceria de mim.
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